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06-02-2018

Polimedicação? O que é, o que fazer...



É importante falar em polimedicação, porque quantos mais medicamentos um indivíduo tome, maior a probabilidade de surgirem problemas associados, com eventual impacto negativo para a saúde. Sobretudo quando são mais de 5 medicamentos: se faz diariamente 5 ou mais fármacos, é um doente polimedicado!

O cerne da questão está em saber se toma medicamentos/ suplementos alimentares não indicados ou menos apropriados.

“Graças” ao sobrediagnóstico, há indivíduos de baixo risco medicados permanentemente, sem que provavelmente beneficiem disso; nos EUA (2012) foram gastos 160 biliões de euros em tratamentos desnecessários.

Das duas, uma: ou a pessoa sofre de uma doença que exige uma associação de vários fármacos, ou apresenta diversas patologias. Dentro deste último grupo, os doentes mais sujeitos a reações negativas à farmacoterapia, e com esperança de vida mais reduzida são os idosos, portadores de demências em estado avançado ou doenças cancerígenas (estado terminal).

Polimedicação: porquê? Muito tem contribuído o aumento global da esperança média de vida, desenvolvimento económico, melhoria das condições de vida, aumento da prevalência de doenças crónicas, instituição de farmacoterapias PREVENTIVAS (…)


Polimedicação Inapropriada


Fatores físicos:

idade avançada, sexo feminino, problemas cognitivos, limitações funcionais físicas e perceptivas, certos medicamentos (ansiolíticos, antidepressivos, anti-agregantes plaquetários, analgésicos), 3 ou mais doenças crónicas, certas doenças ou fatores de risco atuais (doença pulmonar crónica, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes) e sintomas digestivos.

Fatores psicológicos:
sintomas de depressão e ansiedade, tendo fraca auto percepção de saúde e uma má adaptação à doença.

Fatores característicos do sistema de saúde:
internamentos hospitalares ou institucionalização recente, consulta entre diferente especialistas/ prescritores, indo a farmácias múltiplas, subutilização de medicamentos necessários, adoção acrítica de diretrizes clínicas.

Fatores sociais:

situação económica desfavorecida, baixo nível educacional, solidão, situação de dependência, áreas rurais.


A polimedicação é um fator de risco e é um ciclo vicioso: quanto maior o número de fármacos, mais complexo é o esquema terapêutico > menor é adesão ao plano instituído > piores são os resultados clínicos > novo aumento de doses e/ ou número de fármacos, e assim sucessivamente.

Mas vejamos um exemplo:
1) prescrição recente de um α-bloqueador para hipertrofia benigna da próstata;
2) ocorrência de tonturas devido a hipotensão;
3) interpretação errada deste sintoma como causada por um quadro vertiginoso, em vez de como um efeito adverso;
4) prescrição sintomática de um agente anti-vertiginoso, como Vastarel®;
5) aumento da sensação de tonturas;
6) queda e fratura da anca. É tão linear e tão GRAVE como isto: é preciso ATUAR!

Aliás, quanto maior o número de fármacos, maior o risco de interações entre eles e de interferirem com as patologias existentes. Também é maior o risco de haver duplicação: o utente estar inadvertidamente a tomar o mesmo fármaco duas vezes. Quem é mais vulnerável? Os idosos: podem apresentar comorbilidades, alterações da forma e da velocidade como o seu organismo transforma os medicamentos, declínio da função hepática, renal e cardíaca (…). Com o número de fármacos também aumentam os episódios de hospitalização, de quedas, a morbi-mortalidade associada e piora a auto percepção do estado de saúde.

Consequências para o Sistema de Sáude? Aumento dos custos económicos diretos (prescrições) e indiretos (internamentos, tratamentos e exames complementares de diagnóstico).

Segundo um Estudo sobre as Consequências da Polimedicação (APEAS), 48,2% dos efeitos negativos derivam dos medicamentos: dose incorreta, falta de cumprimento do plano terapêutico, omissão da administração, interações, duração do tratamento incorreta, monitorização insuficiente, erros de preparação ou manipulação (…). 59,1% eram evitáveis.

A nossa missão como farmacêuticos e profissionais de saúde é menorizar a perda da funcionalidade e autonomia e de qualidade de vida associadas à polimedicação! Participe no mês de fevereiro no Rastreio “Traga o Saco dos seus Medicamentos”, e ajudaremos a avaliar se a terapêutica está a ser adequada, procuraremos saber se cumpre o plano terapêutico e, não menos importante, queremos saber o que pensa sobre o seu Estado de Saúde! Conheça os nossos sistemas personalizados de dispensação e simplifique a sua vida!

Porque Cuidamos de Si..





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