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a crónica da maria dos remédios

01-07-2014

Uma experiência única vivida a três...



O ato de amamentar pode ser visto de muitas formas, mas para mim é sem dúvida um ato de amor que permite estabelecer com o bebé uma ligação ainda mais estreita.
Este pode ser um período muito conturbado e é uma experiência totalmente diferente para cada casal. A minha experiência, apesar de ser mais uma história de amamentação, é uma história com um final feliz e cada vez mais precisamos de ouvir histórias com final feliz.

O meu filho nasceu e era sem dúvida (e neste ponto não há discussão) o bebé mais bonito do mundo. Tal como dizem as boas práticas, ele foi posto à mama na primeira meia hora após o parto e foi bonito de se ver. Parecia que já o tinha feito muitas vezes, já vinha ensinado. A primeira noite e o primeiro dia foram tranquilos, na segunda noite ele só chorava. Diagnóstico: Fome. Contra a minha vontade, mas demasiado exausta para discutir, foi-lhe dado o terrível inimigo da amamentação: o biberão. Naquele momento fiz uma grande e importante descoberta “Tinha um filho extremamente inteligente e que sabia o que a mamã queria para ele”. Rejeitou o biberão.

A manhã seguinte foi assustadora. Acordei e parecia a Samantha Fox, o meu marido ficou felicíssimo. As minhas mamas estavam enormes e prolongavam-se por baixo dos braços de tal forma que não conseguia encostá-los ao corpo. Tive a terrível “descida de leite”. “O que faço?” Pensei eu. “Dar de mamar. Ok, vamos a isso.”
Mas o meu filho deve ter achado aquilo muito estranho e rejeitou a mama. Para além de enorme e duro o peito começou a aquecer e a doer. Tive que esvaziar um bocado a mama para ele pegar. Mas a verdade é que eu estava a produzir mais leite do que ele mamava e o meu peito estava constantemente duro. Tinha que regularmente retirar um pouco de leite para aliviar a tensão mamária.

Era um misto de emoções. Ele era um bebé lindo. Comia, dormia e chorava. O choro é daquelas coisas que deixa uma mãe incapaz de pensar e raciocinar devidamente. O papá foi de grande ajuda neste processo. Não, ele não dava de mamar, mas era ele que me trazia o bebé para eu amamentar, que mudava a fralda (e as primeiras diga-se de passagem não são nada fáceis de mudar...) para eu poder de descansar e foi acima de tudo o meu suporte emocional naquele turbilhão de emoções e descontrole hormonal.

Passei por quase tudo a que tinha direito em termos de amamentação: ingurgitamento, dor, mamilos gretados, dúvida sobre a capacidade de amamentar e produzir leite suficiente para o meu bebé. Acho que esta última foi a que mais me afetou emocionalmente. Imaginar que o nosso filho que está a chorar por ter fome é, no mínimo, desconcertante.
A formação que tinha feito sobre amamentação foi crucial mas tenho que reconhecer que a passagem de tudo o que tinha aprendido para a prática só foi possível graças ao carinho, calma e dedicação que o meu marido me prestou durante todo esse período.

Os homens sentem que a amamentação é algo exclusivo das mulheres mas a verdade é que, no meu caso se não fosse o meu marido teria deixado de amamentar ao fim de um mês e assim amamentei até aos 18 meses.
A instabilidade, a dor, a duvida, a insegurança, as opiniões dispares dos outros são inimigas da amamentação e não permitem que aja a frieza necessária para pensar e agir da melhor forma, mesmo quando há uma formação consistente por detrás e é nestes momentos que o papel do pai é fundamental.

Depois dos primeiros tempos conturbados e dos picos de crescimento (alturas em que o bebé precisa de comer mais por estar a crescer mais) tudo foi mais fácil em termos de amamentação.
O tempo passa e vai surgindo a pergunta: “Amamentar até quando?” A resposta é muito simples. Até ao momento em que mãe, pai e bebé decidirem que é o momento.
E no fim deste processo, surge a pergunta. “Valeu a pena?”. A resposta é: “ Sem a mais pequena dúvida”. Foi uma experiência com momentos muito complicados física e emocionalmente, mas foi também uma experiência cheia de amor e até divertimento.

Como resultado final uma ligação incrível entre mãe e filho, uma maior aproximação do pai a este momento “feminino” e uma criança saudável, inteligente e principalmente feliz. Acredito que existam outros fatores envolvidos, mas acredito sinceramente que a amamentação tem uma grande palavra a dizer neste desfecho.

Despeço-me deixando a porta aberta para partilharem comigo a vossa experiência de amamentação.

Maria dos Remédios

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