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11-02-2019

A epilepsia

A epilepsia caracteriza-se por interrupções súbitas, imprevisíveis e repetidas da atividade elétrica cerebral, dando origem às chamadas crises ou ataques. Podem ir de menos de uma por ano a várias por dia.

Na iminência de uma crise há ações que deve ter consciência de tomar, mas se não souber como agir, ligue o 112.

Em Portugal estima-se que 1 em cada 200 pessoas tenha epilepsia, mas o número de pessoas que podem sofrer uma crise convulsiva é muito maior. A incidência da epilepsia é maior na primeira infância, sobretudo porque o sistema nervoso ainda se encontra em desenvolvimento.

Verifica-se uma tendência familiar das epilepsias chamadas primárias ou idiopáticas, cuja causa não se encontra bem estabelecida. Também certos traumas cerebrais podem deixar sequelas que resultam em crises epiléticas. A epilepsia assume ainda diversas formas, de doente para doente, não afetando todos da mesma maneira:
● Crises parciais simples (espasmos a nível de um membro, por ex.) ou complexas (comportamento de alheamento, por vezes com início aleatório de vestir/despir, comer/engolir);
● Crises que afetam a totalidade do cérebro, com convulsão generalizada ou ausência (alheamento de curta duração).


Alguns doentes atingem facilmente o controlo das crises, por vezes sem voltar a necessitar de tratamento e outros, ainda que com os tratamentos mais eficazes, têm crises com alguma frequência. De uma forma geral, as epilepsias que surgem na infância ou adolescência apresentam bom prognóstico, com grande probabilidade de virem a poder suspender o tratamento no futuro. As hormonas femininas influenciam a excitabilidade neuronal: o estrogénio aumenta a probabilidade de uma crise, enquanto que a progesterona diminui essa probabilidade. É por este motivo que as mulheres podem experienciar mais ou menos crises ao longo do ciclo.

O diagnóstico baseia-se essencialmente na descrição das crises por quem as presencia, pelo que estas pessoas devem acompanhar o doente à consulta; exames adicionais podem ser necessários para identificar o tipo de crises, como o eletroencefalograma, que avalia as descargas elétricas. A TAC e a Ressonância Magnética também podem ajudar a identificar a causa de epilepsia.

Atualmente existem diversos medicamentos para controlar as crises epiléticas, através da diminuição da sensibilidade dos neurónios envolvidos na sua origem. Uma forma de potenciar a eficácia dos medicamentos no controlo das crises é tomá-los sempre à mesma hora, normalmente com alimentos; para reduzir os efeitos secundários, o início do tratamento deve consistir em incrementos graduais da dose. Nunca suspenda a medicação por iniciativa própria: corre o risco de sofrer crises mais intensas.

O medicamento antiepilético vai interferir com a eficácia anticoncepcional da pílula? Alguns medicamentos antiepiléticos (os chamados indutores enzimáticos) fazem com que a pílula seja metabolizada mais rapidamente, comprometendo a sua eficácia: ex., quando surgem hemorragias durante o ciclo; neste caso deve continuar a tomar a pílula, mas utilizar método contraceptivo de barreira ou controlar a ovulação com dispositivos de deteção da mesma. Estas mulheres poderão ter de tomar pílulas com maior teor de estrogénio.

Posso levar uma vida normal? Os doentes epiléticos devem ter uma alimentação saudável, sendo que não devem ingerir bebidas alcoólicas, por interferirem com a ação da farmacoterapia. Também devem evitar os estimulantes, como o café; limitar situações de stress e manter uma boa higiene do sono. Podem trabalhar normalmente, desde que a sua atividade não comprometa a sua segurança ou a dos colegas, no caso de crises não controladas; o mesmo se aplica ao desporto, não sendo aconselhada a prática de ciclismo e natação, por exemplo.

Alguns casos de epilepsia resultam de uma lesão cerebral que afeta o desenvolvimento intelectual das crianças, as quais podem necessitar de assistência educativa especial. As crianças epiléticas podem sofrer de consequências ao nível do seu desenvolvimento social e comportamental.

De uma forma geral, perante uma crise convulsiva generalizada, deve colocar-se um casaco dobrado, por ex. debaixo da cabeça e quando a convulsão terminar, colocar o doente em posição lateral de segurança; se a crise se prolongar por mais de 5 min, ou se se tratar de um indivíduo não epilético, ligar o 112.



Após a crise, a pessoa pode sentir-se “baralhada” durante algum tempo, pelo que é importante que a ajudemos a relembrar para onde ia/ o que ia fazer (…).

No fundo, o mais importante é que o epilético esteja bem informado, assim como a sua família, amigos, professores, colegas de trabalho (...). Não faltar às suas consultas e levar uma vida saudável, sendo mais criterioso com a alimentação, ingestão de psicoestimulantes, com o sono, com a gestão de stress e com a sua segurança, do que um indivíduo que não sofra de epilepsia. Nem 8, nem 80: não sobre proteja, mas também não discrimine! Esteja atento(a)

Cuidamos de Si =)



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