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18-11-2016

Vacina contra o cancro do colo do útero



Cancro do colo do útero – relação com o vírus do papiloma humano (HPV)

O cancro do colo do útero é o segundo tipo de neoplasia, a seguir ao cancro da mama, mais frequente em mulheres entre os 15 e os 44 anos de idade, na Europa, correspondendo a 33000 casos por ano e 15000 mortes (dados de 2008). A causa primária é a infeção prolongada do trato genital pelo HPV de alto risco.

As infeções por HPV são muito comuns, e a sua incidência vai aumentando com o início da atividade sexual. A maior parte é auto-limitante e assintomática, mas são estas infeções prolongadas que podem levar a alterações celulares e neoplasias ao nível do colo do útero, processo muito lento – anos ou décadas - e geralmente assintomático.

Além disso, estes tipos de HPV podem estar associados a tumores anogenitais, da cabeça e do pescoço, tanto em homens, como em mulheres. Tipos de HPV de baixo risco, por seu lado, podem causar o aparecimento de verrugas genitais ou condilomas tanto no homem, como na mulher. Na população sexualmente ativa, 50 a 80% dos indivíduos adquirem infeção por HPV nalguma altura da sua vida, apesar de, na grande maioria dos casos, não haver evolução para doença sintomática.

Opto pela vacina quadrivalente ou bivalente?
Duas vacinas profiláticas contra o HPV foram introduzidas na Europa – a quadrivalente Gardasil® e a bivalente Cervarix®. Ambas têm um bom perfil de segurança e não há risco associado de infeção pelo vírus. Ambas protegem da infeção pelos HPV 16 e 18, reponsáveis por um conjunto de 73% dos casos de cancro do colo do útero na Europa. A Gardasil® confere proteção adicional contra as infeções pelos HPV 6 e 11, relacionados na maior parte das vezes com as verrugas genitais - pequenas lesões elevadas, tipo couve‐flor, podendo ser planas.

Os estudos demonstraram a eficácia de ambas as vacinas na prevenção de mais de 90% dos casos de lesões cancerosas associadas aos subtipos 16 e 18, quando administradas em 3 doses, por um período de 6 meses. Atualmente, a Gardasil® é já aplicada em Portugal em 2 doses, segundo recomendações do próprio laboratório que a comercializa, e o esquema de vacinação recomendado do PNV 2016 da Cervarix® é 1 dose aos 0 e 6 meses.
Iniciou atividade sexual? Dentro de um ano pense em fazer o rastreio!

Quanto aos programas de rastreio do cancro do colo do útero, está provado que, quando em larga escala, e mediante um seguimento e tratamento eficaz das mulheres com citologia anormal, é possível reduzir a sua incidência em 80%. A Direção-Geral da Saúde aconselha um exame por ano, em dois anos seguidos; se os resultados forem normais, será repetido de 3 em 3 anos (recomendações europeias de intervalos de 3 a 5 anos). Se a citologia for prescrita nos serviços de planeamento familiar, a utente paga apenas a taxa moderadora – o total da análise tem um custo de 20 ou 30€. A vacinação não elimina a necessidade de rastrear as mulheres vacinadas, devido à possibilidade de infeção por outros tipos de alto risco.

Alvo de vacinação – raparigas, mulheres jovens, rapazes?
O grupo alvo de vacinação deverá ser, portanto, o das raparigas, antes da idade de início da atividade sexual, uma vez que, enquanto não houver evidência de que a vacina confira uma proteção de mais de 15 a 20 anos (as pesquisas em curso tentam saber por quanto tempo se estende a proteção e avaliar a necessidade de reforços), não há vantagem em vacinar raparigas mais jovens.

Em Portugal, a vacina (Cervarix®) faz parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV) para raparigas entre os 10 e os 13 anos; podem ainda fazê-lo gratuitamente até aos 25 anos, desde que a primeira dose seja administrada até aos 18. Apesar de a vacina ser mais eficaz antes do primeiro contacto com o vírus, também funciona em mulheres já infetadas - reduz a probabilidade de reaparecimento de lesões e de ativação de vírus em estado de latência. Assim, é vantajoso vacinar raparigas ligeiramente mais velhas e mulheres jovens, pelo que quem não estiver abrangido pelo PNV deve aconselhar-se com o médico sobre o benefício de se vacinar. A Cervarix® é comparticipada pelo Estado, no regime geral.

Apesar do PNV não incluir os rapazes, alguns pediatras estão a recomendar a vacina na população masculina. Sabe-se que a vacina é bem tolerada pelos rapazes, mas os estudos sobre a sua eficácia são recentes e limitados e só incidiram sobre a Gardasil®. Os resultados conhecidos prometem: a vacina previne as complicações do HPV na população masculina, tais como condilomas. Porém, não há dados que garantam a sua eficácia contra o cancro do pénis.

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