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a crónica da maria dos remédios

28-06-2016

Com a chegada do verão...



Com a chegada do verão, e principalmente dos dias quentes, que este ano se vão sentindo apenas aos pares, chega também um problema que afeta todas as pessoas, as que têm o problema e as que convivem com elas; sim, porque apesar de não terem o problema, o seu nariz é afetado por ele…

Estou a falar da bromidrose, nome pomposo para dizer “mau cheiro corporal – suor, chulé ” (bromos = mau cheiro, hidros = suor).

Se durante o inverno é tolerável, chegando o calor por vezes é insuportável. Mas afinal o que é que provoca esse mau cheiro? São vários os fatores, sendo o primário a falta de higiene, que, ao contrário do que me foi dito por um senhor de certa idade, “os franceses são muito estranhos, sabe que eles tomam banho todos os dias?”, o banho é para ser tomado todos os dias e as pessoas que transpiram mais, deverão fazê-lo pelo menos duas vezes por dia, à noite para remover o suor e o desodorizante e de manhã para refrescar e preparar a pele para o desodorizante. O odor pode ser tão intenso a ponto de se tornar nauseoso. Faz-me lembrar a publicidade aos perfumes em que a mulher passa e deixa um rasto de odor inebriante e sedutor, chegando a ser hipnotizante, mas, neste caso, é ao contrário.

Mas como é que se forma esse cheiro nauseabundo?
Existem algumas glândulas sudoríparas, que se desenvolvem em apenas algumas regiões do corpo: axilas, área genital, couro cabeludo, ao redor dos mamilos, e que secretam suor através dos folículos pilosos que, além de água e alguns sais, contém restos celulares e do metabolismo que podem produzir odores desagradáveis quando expostos à ação de bactérias e fungos. Dependendo da zona podemos ter a bromidrose axilar (axilas) e a bromidrose plantar (pés).

Existem situações como a diabetes, o alcoolismo, a obesidade, certos alimentos (cebola, alho, pimentas), alguns antibióticos (penicilina) e determinadas hormonas que podem alterar o odor da transpiração, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.

Mas existe tratamento para esta situação?
O tratamento vai passar por várias frentes, sendo umas mais simples e outras mais dispendiosas e tudo vai depender da causa do problema e da eficácia dos tratamentos implementados.

A primeira medida é promover uma higiene cuidada e mais intensiva das zonas afetadas, desta forma vamos restringir ao máximo a proliferação dos microorganismos que conferem o mau cheiro e remover os restos celulares e metabolitos que serão os alvos dessas bactérias. Podemos para isso recorrer ao uso de sabonetes antisséticos. A secagem da zona (pés ou axilas) é também muito importante.
Recorrer ao uso de produtos que ajudem a controlar a transpiração (antitranspirantes ou antiperspirantes), podendo ser necessário a sua reaplicação ao longo do dia, assim como o uso de medicamentos com ação antibacteriana ou antimicótica.

Em relação às axilas, fazer depilação pode ajudar e muito, uma vez que os pelos criam ambientes propícios para o desenvolvimento de fungos e bactérias.
No caso de haver hiperidrose (suor excessivo), é essencial o seu tratamento para controlar o odor desagradável; este pode ser feito com aplicação de toxina botulínica, cujo efeito dura em média seis meses ou por cirurgia (remoção das glândulas sudoríparas), sendo esta definitiva.



De um modo mais simples e resumido

Para a bromidrose plantar – chulé:
• Lave os pés com sabonetes antisséticos e seque muito bem, em particular entre os dedos;
• Sempre que possível, escolha meias 100% algodão;
• Coloque um creme antitranspirante diariamente;
• Deixe os sapatos em lugares ventilados enquanto estão fora de uso;
• Periodicamente faça uma desinfeção do calçado com antifúngicos;
• Prefira os calçados abertos e fabricados com matérias-primas naturais.

Para a bromidrose axilar:
O tratamento objetiva dois alvos: controlar a quantidade de suor e reduzir o número de bactérias na pele.
• Lavar as axilas pelo menos duas vezes por dia com sabão antibacteriano;
• Tomar banho diariamente;
• Usar desodorizante antiperspirante para diminuir o suor nas axilas;
• Não aplicar antiperspirante sem a pele estar devidamente limpa, e pior ainda colocar perfume para camuflar o cheiro; as misturas costumam ser ainda piores;
• Não repetir roupas, pois o suor seco é causa frequente de mau odor;
• Manter a axila livre de pelos;
• Atenção à dieta;
• Tratar problemas na pele que possam estar perpetuando o cheiro, como micoses;
• Troque de roupas todos os dias. Existem produtos que ajudam a eliminar os odores durante a lavagem;

Em situações mais drásticas:
• Remoção definitiva dos pelos das axilas.
• Uso de antibióticos tópicos nas axilas, como clindamicina ou eritromicina.
• Lipossucção para remoção das glândulas apócrinas da axila ou aplicação de toxina botulínica.
• Tratamento a Laser das glândulas apócrinas.


E agora que já falei muito de mau cheiro e como resolver o problema vamos arregaçar as mangas e dar guerra ao mau odor…

Maria dos Remédios

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