Farmácia Fátima Marques

Porque é Verão e as coisas acontecem, às vezes de forma inesperada, temos uma segunda linha de prevenção para evitar uma gravidez não desejada – vulgarmente conhecida por pílula do dia seguinte (COE).

Assim na linha primária de prevenção de uma gravidez não desejada devemos usar o anticoncecional oral (CO) ou o preservativo. Este último com algumas vantagens sobre a primeira opção uma vez que permite a prevenção de muitas doenças sexualmente transmissíveis.

  Estes devem ser sempre usados em situações de parceiros ocasionais ou novas relações. Se não usarmos nenhum destes métodos e/ou por qualquer razão houve uma falha no mesmo, então sim temos uma segunda linha de intervenção.

Nesta segunda linha de intervenção contamos com as pílulas de acetato de ulipristal (AUP) e as de levonorgestrel (LNG), disponíveis nas Farmácias, sem necessidade de receita médica ou ainda o dispositivo intra-uterino de cobre disponível nos Centros de Saúde.

A COE atua bloqueando temporariamente a ovulação, pelo que o seu efeito contracetivo só se verifica se for tomada na fase pre-ovulatória, não apresentando qualquer efeito na fase ovulatória (isto é quando já houve fecundação do óvulo pelo espermatozóide e formação do ovo).

Daí o prazo de 72 horas após a relação sexual não protegida no caso das pílulas de levonorgestrel ou até 120 horas nas pílulas de acetato de ulipristal dever ser respeitado para que o método tenha sucesso.

A rapidez da toma é essencial para a eficácia da COE. Para as pílulas de levonorgestrel temos a seguinte evolução da eficácia versus tempo decorrido:



Para as pílulas de ulipristal entre as 72 e as 120h após a relação em causa, a eficácia é de 96%.

Assim sendo:

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