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03-02-2016

Cancro colorretal

 


O cancro colorretal é caracterizado pelo crescimento de células anormais no lúmen do intestino grosso (ou cólon) ou do reto. Quando diagnosticado prematuramente tem bom prognóstico.




Já ouviu falar de pólipos? Surgem no lúmen intestinal devido a uma anomalia no crescimento das células da superfície mucosa ou nos processos de reparação nas mesmas. São inofensivos per si, mas podem converter-se em massas tumorais. A sua remoção prematura é, contudo, eficaz1.


 

2005

Na região Norte de Portugal foram diagnosticados, em 2005, 12950 novos casos de tumores malignos. A taxa de incidência de cancro foi de 394,8/100 000. Cerca de 56% dos tumores malignos foram diagnosticados no sexo masculino e foi no grupo etário dos 75+ anos que se registou maior risco de desenvolver o cancro.
O cancro mais frequente foi o colorretal, seguido dos cancros da mama e do estômago2.


Figura 1 - Incidência – principais localizações1


Fatores de risco/Prevenção

Os fatores de risco do cancro colorretal são idade superior a 50 anos, presença de pólipos ou doença inflamatória intestinal, histórico familiar de cancro colorretal, da mama ou do ovário.
A boa notícia é que há formas de minimizar o risco, prevenindo 45% dos cancros colorretais, como manter uma dieta saudável, rica em fibras, frutas e vegetais, cereais integrais, evitando as carnes vermelhas e as processadas. Ademais deve-se evitar os alimentos cozinhados a temperaturas muito elevadas, perder gordura corporal, sobretudo a da cintura, não fumar, nem abusar de bebidas alcoólicas e praticar exercício físico. Há ainda estudos que demonstram que a suplementação diária com ácido fólico e o aumento da ingestão de cálcio e vitamina D diminuem o risco deste carcinoma. É de lembrar também que as mulheres pós-menopáusicas em terapia de substituição hormonal apresentam menor risco de desenvolver cancro colorretal, apesar do conhecido risco associado de desenvolvimento de outras doenças tumorais.

 

Segundo a American Cancer Society, é recomendável atividade física moderada durante 150min, intensa 75min, ou uma combinação destas, por semana. Exemplos de atividade física moderada são:

  • Caminhar a passo moderado ou acelerado (transporte ativo - de e para o emprego/escola, para fazer compras ou passear o cão);
  • Descer escadas ou uma colina;
  • Pedalar numa bicicleta estática a um ritmo moderado;
  • Dançar;
  • Brincar ativamente com as crianças: caminhando, correndo ou trepando;
  • Caminhar enquanto empurra/puxa um carrinho com uma criança ou uma cadeira de rodas com um adulto;
  • Realizar tarefas domésticas como aspirar, lavar o chão/paredes, lavar roupa à mão, pendurar roupa numa corda, lavar janelas, carregar baldes do lixo pesados ou lenha;
  • Cortar relva/sebes;
  • Cuidar de animais: alimentar e dar-lhes banho;
  • Fazer reparações domésticas ou realizar pequenos trabalhos de construção;
  • Lavar e encerar o carro manualmente.

A atividade intensa exige transpirar intensamente e deixa-nos sem fôlego (qualquer atividade que gaste mais que 7 kcal/minuto)3.
Rastreio
No seu estado prematuro, o cancro colorretal não está associado a sintomas percetíveis, daí a importância do rastreio.
No rastreio do cancro do cólon e reto devem ser incluídos os utentes assintomáticos com idades compreendidas entre 50 e os 74 anos para Testes imunoquímicos de pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Perante um teste imunoquímico negativo deve ser repetida a pesquisa de sangue oculto nas fezes ao fim de um ano.
São critério de derivação para colonoscopia total as seguintes situações clínicas:

  • Antecedentes pessoais de pólipo(s) (adenoma(s)) ou de cancro do cólon ou do reto;
  • Doença Inflamatória Intestinal;
  • Antecedentes familiares de primeiro grau de pólipo(s) (adenoma(s)) ou de cancro do cólon ou do reto;
  • Síndromes hereditárias de cancro do cólon e reto.

OU

  • Sinais e/ou sintomas sugestivos da existência de patologia do cólon ou do reto:
  • Pesquisa positiva de sangue oculto nas fezes (teste imunoquímico), no âmbito do rastreio;
  • Hemorragia digestiva: retorragia/hematoquézia, presença de sangue oculto nas fezes, anemia ferropénica e também melenas após realização de endoscopia digestiva alta que não tenha evidenciado lesões que a possam explicar;
  • Vigilância após ressecção de neoplasia;
  • Dor abdominal persistente nos quadrantes inferiores e/ou alteração recente dos hábitos intestinais;
  • Diarreia crónica inexplicável;
  • Observação de todo o cólon tendo em vista o diagnóstico de lesões neoplásicas síncronas em utentes com neoplasia ressecável do cólon ou do reto;
  • Realização de ato terapêutico, designadamente excisão de lesão, repermeabilização luminal ou hemostase;
  • Esclarecimento de imagens patológicas obtidas por outros métodos complementares de diagnóstico;
  • Identificação intraoperatória de lesão inaparente à cirurgia;
  • Marcação de uma neoplasia para posterior excisão cirúrgica;
  • Descompressão de megacólon agudo (não tóxico) ou de volvo da sigmoide;
  • Extração de corpo estranho;
  • No quadro da investigação de sintomas constitucionais não esclarecidos, devidamente fundamentado no processo clínico.

No caso de uma colonoscopia total normal (se, e só se, cumprirem as condições otimizadas) deve suspender-se a pesquisa de sangue oculto durante 5 anos e repetida a colonoscopia ao fim de 10 anos. O aparecimento de sangue nas fezes, alteração recente dos hábitos intestinais ou dor abdominal recorrente, antes de decorrido o intervalo temporal indicado, determina a realização de uma colonoscopia total4.

Métodos complementares de diagnóstico



Já está disponível a TAC para visualizar em 3D o lúmen intestinal, a desvantagem é que, no caso de serem descobertos pólipos, terá de ser feita ainda uma colonoscopia a fim de os remover. Outro exemplo é o raio X/ enema de bário.



Também a utilização de um tubo mais delgado que o da colonoscopia com uma câmara e uma fonte de luz acoplada permite detetar pólipos e massas tumorais no reto e parte inicial do cólon – é a sigmoidoscopia.

 

Todos estes métodos devem ser repetidos com uma periodicidade de 5 anos. Há ainda um teste muito preciso, Cologuard, que deteta sangue ou ADN nas fezes, associados a carcinomas do cólon, mas que ainda não faz parte de nenhuma guideline5.

Durante uma colonoscopia o médico remove pólipos e é possível realizar biópsias de porções suspeitas, as quais serão posteriormente analisadas microscopicamente.


 

 
Figura 2 - Vista ampliada, a cores de células de cancro do cólon6



O grau de gravidade do tumor (tamanho, camadas da parede intestinal, gânglios linfáticos ou outras partes do corpo envolvidos) é parametrizado em estadios, os quais determinam a estratégia terapêutica a seguir. Após um diagnóstico de um estadio I 74% dos indivíduos vivem mais 5 anos, enquanto que, por exemplo, dos indivíduos diagnosticados com um estadio IV apenas 6% tem um período estimado de sobrevivência de 5 anos6.

 

O Estado da Arte…
Foi proposto que a aspirina e outros AINEs (como o naproxeno e o ibuprofeno) poderão ter um papel na redução do tamanho dos pólipos e, assim, na diminuição do risco de cancro colorretal. Estudos em curso procuram otimizar as dosagens destes fármacos, assim como avaliar as possíveis interações medicamentosas e contra-indicações6.

 

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