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14-02-2017

Disfunção erétil - biomarcador de risco cardiovascular



A disfunção erétil (DE) afeta mais de 40% dos homens com mais de 40 anos, e, a partir daí, a sua incidência vai aumentando.

É, portanto, um problema comum! Já ouviu falar de fatores de risco cardiovascular (CV)?

É importante saber que a DE partilha os mesmos fatores de risco, nomeadamente, a hipertensão, hipercolesterolemia, comorbilidades como a Diabetes Mellitus (DM) e a obesidade, estilo de vida sedentário, tabagismo (...)

Os investigadores têm verificado que a DE é, primeiro, frequente em homens com doença CV estabelecida; segundo, está associada a doença arterial coronária oculta, e, terceiro, é um fator de risco independente que contribui para eventos CV em homens com doença CV estabelecida ou não, antecedendo-os, em média, 3 anos.

A previsibilidade de eventos CV fatais ou não associada à DE é mais significativa em homens mais jovens. Assim sendo, está a estudar-se a associação da DE como biomarcador de risco CV aos testes de estratificação do risco já existentes, como o SCORE, sendo que já há evidência de que pode reclassificar casos de risco baixo em risco intermédio, por exemplo.

Dado a sintomatologia da DE preceder entre 2 a 5 anos eventos CV agudos ou doenças CV, o indivíduo dispõe de uma janela de atuação significativa para corrigir os fatores de risco.

A DE pode ter uma causa orgânica, psicogénica, ou ambas, sendo que o fator orgânico mais comum é o vascular. Contudo, intervir, por exemplo, num fator psicogénico como é o caso da depressão, reveste-se também de dupla importância porque diminui ainda o risco CV.

Diagnóstico de DE? Além da pesquisa dos referidos fatores de risco, uma ferramenta importante são os questionários de auto-avaliação da função erétil, do orgasmo, desejo e satisfação com as relações sexuais, como o IIEF (International Index of Erectile Function), constituído por 15 ítems, ou a versão IIEF-5 com 5 questões. O médico deve ainda pesquisar causas vasculares ou neurológicas através do exame físico; descartar disfunções renal, hepática ou tiroideia e testar a função erétil, por ex., através do toque retal.

A fisiologia da ereção faz dela um mecanismo suscetível a pequenos graus de disfunção das células endoteliais dos vasos sanguíneos locais, dado o diâmetro reduzido das artérias penianas, mais sujeitas também a oclusão na sequência de processos ateroscleróticos. Além disso, o nível de relaxamento que o músculo liso peniano tem de sofrer durante a ereção é ímpar no nosso organismo.

A avaliação das comorbilidades da DE é importante também para planear o seu tratamento, ou seja, no caso de uma prova de esforço positiva de um indivíduo em condição física suficiente, podem instituir-se as alterações de estilo de vida (ex.: prática de exercício físico, adoção de uma dieta mediterrânica, desabituação tabágica, comuns às instituídas para prevenção CV) para otimizar os fatores de risco, ou até mesmo terapia com inibidores das fosfodiesterases tipo 5 (Cialis®, Spedra®, Viagra®, Levitra ® …), sendo que o indivíduo terá de ser alvo de reavaliações regulares.

Nos restantes casos, por exemplo, de risco alto e prova de esforço negativa, a prioridade deverá ser estabilizar a condição cardíaca.

Por que é que a condição física é importante?
A atividade sexual também pode despoletar eventos cardíacos graves, sendo que esta associação é menos significativa em indivíduos com hábitos de atividade física intensa.

A título de exemplo, no caso de um homem jovem manter atividade sexual com a parceira habitual equivale a uma intensidade leve a moderada de exercício físico (o equivalente a caminhar 1,5km em piso plano), sendo que a frequência cardíaca normalmente não excede os 130 ppm e a pressão sistólica 170 mmHg. A intensidade da atividade sexual poderá ser, no entanto, maior, no caso de múltiplos parceiros, consumo excessivo de álcool/ alimentos, e os indivíduos mais velhos, com menor performance física ou com doença CV são mais suscetíveis.

Sabia que menos de 50% dos utentes que sofrem um evento CV agudo recebem aconselhamento quanto a retomar a sua atividade sexual?

Dada a delicadeza do tema, a disfunção erétil não é um problema facilmente abordado numa visita mais ou menos ocasional do médico; mais provavelmente o é, por exemplo com um profissional de saúde com o qual mantenha uma relação de confiança e, de certa forma, mais próxima, como acontece na farmácia. Assim, o farmacêutico tem a oportunidade de identificar indivíduos com DE e reavaliar o seu risco CV.

Chegou a altura de abordar o assunto da DE de que estava à espera! Faça o rastreio de DE connosco: acreditamos que se vai sentir bem por o partilhar e que o podemos ajudar a melhorar!
Anabela Sá (Farmacêutica)

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