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18-07-2018

O sarampo tem feito as manchetes dos jornais, mas será que estamos alerta do que a ameaça representa?



Os surtos repetem-se em vários países da UE: é mais importante do que nunca que os indivíduos não imunizados sejam vacinados com duas doses para sua proteção e das suas famílias antes das férias!
Os números mais elevados de casos em 2018 tiveram lugar na Roménia (3 284), França (2 306), Grécia (2 097) e na Itália (1 258), contribuindo para 25 mortes. A maior parte dos casos são importados de outros países da Europa.



Para alcançarmos a erradicação da doença e salvaguardarmos os mais vulneráveis ​​de complicações graves ou mesmo morte por sarampo, 95% da população deverá estar vacinada com as duas doses. Contudo apenas cinco países da UE/ EEE relataram ter alcançado no mínimo 95% de cobertura de vacinação para ambas as doses de vacina (OMS 2016)!

Falamos de uma doença viral aguda, altamente contagiosa (infecciosidade próxima de 100%) que continua a ser, globalmente, uma das principais causas de morte infantil (160000/ ano).. O vírus do sarampo é um vírus de RNA de cadeia simples do género Morbillivirus e da família Paramyxoviridae.

Após um período de incubação de 10-12 dias as manifestações na pele são antecedidas por febre, conjuntivite, coriza, tosse e bronquiolite. Quase todos os indivíduos suscetíveis infetados desenvolvem doença clínica.

As manchas de Koplik, o enantema característico do sarampo, aparecem na mucosa bucal 1 a 2 dias antes do início da erupção cutânea.

A erupção do sarampo, um exantema maculopapular eritematoso, desenvolve-se de 2 a 4 dias após o início da febre e espalha-se da cabeça para o corpo nos próximos 3 a 4 dias.
A mortalidade por sarampo é predominantemente causada por infeções bacterianas oportunistas.



É mais provável o desenvolvimento de complicações se a febre não descer dentro de 1 ou 2 dias após o início da erupção cutânea.
A letalidade é de 1 a 3 por 1000 casos e é maior entre os menores de cinco anos e entre indivíduos imunocomprometidos. A PEES é uma doença degenerativa fatal do sistema nervoso central, causada por uma infeção persistente com um vírus mutante do sarampo. O início é, em média, 7 anos após o episódio de sarampo, e as crianças mais afetadas são casos de sarampo antes dos dois anos de idade.

Os bebés são protegidos contra sarampo por anticorpos maternos, se a mãe for imune ao sarampo. Essa imunidade passiva desaparece gradualmente na segunda metade do primeiro ano de vida. Os bebés com imunidade passiva parcial podem desenvolver episódios mais leves e mais curtos de sarampo que também conferem imunidade duradoura.

Estima-se que em 100, cerca de 90 pessoas que não estivessem vacinadas contrairiam a doença quando expostas ao vírus.
O vírus é transmitido de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias produzidas, por exemplo, na tosse ou espirro. Estas podem permanecer no ar por várias horas e o vírus ativo em superfícies contaminadas até duas horas.

As pessoas infetadas são vetores do vírus desde cerca de cinco dias antes do início da erupção até quatro dias depois, atingindo o pico na fase da tosse intensa (2 a 4 dias).
A porta de entrada do vírus é o epitélio respiratório: 2 a 3 dias após a exposição há uma virémia primária. Nos dias 5 a 7 há uma intensa virémia secundária (4 a 7 dias) com replicação na pele, conjuntiva, trato respiratório e órgãos internos.

A vacinação é a forma de prevenção mais eficaz contra a aquisição do sarampo.
A vacina viva atenuada induz uma resposta imunológica semelhante à imunidade adquirida.

A vacina é ainda, no mínimo, 95% efetiva e as taxas de seroconversão estão próximas de 100%. A ineficácia da vacinação primária (> 12 meses de idade) afeta até 5% das pessoas, mas 95% das falhas da primeira dose serão seroconvertidas após uma segunda dose.

Os anticorpos maternos são a causa mais comum de falha primária da vacina. A idade da primeira imunização deve obedecer a um equilíbrio entre a possibilidade de seroconversão e o risco de infeção. É por isso que, em países com sarampo endémico, a primeira dose da vacina é administrada logo aos nove meses, frequentemente complementada por outra dose durante o segundo ano de vida.

A vacina contra o sarampo é mais comumente administrada como parte integrante de uma combinação de vacinas vivas atenuadas que inclui sarampo, parotidite, rubéola; ou sarampo, parotidite, rubéola e varicela.

Demonstrou-se que as vacinas combinadas provocam a mesma resposta imunológica que as vacinas individuais. A vacinação de indivíduos que já são imunes a um ou mais dos antigénios da vacina combinada, seja de imunização prévia ou infeção natural, não está associada a nenhum risco aumentado de eventos adversos.

Em Portugal, o esquema de vacinação recomendado é o seguinte:



É possível prevenir mesmo após ter estado exposto ao vírus?! Sim, a administração da vacina dentro de 72 horas após a exposição é a opção certa, uma vez que o período de incubação do vírus vacinal é mais curto do que o do vírus selvagem.


Suspeito? Qualquer indivíduo que apresente erupção cutânea eritematosa aguda e febre precedida por tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia.
O sarampo é difícil de distinguir de outras patologias que cursam com febre e erupção cutânea: rubéola, infeção pelo parvovírus B19, herpes vírus humano tipo 6 (HHV-6) e dengue. Todos os casos suspeitos de sarampo devem ser confirmados laboratorialmente ou epidemiologicamente relacionados com um caso confirmado.

Não existe terapia antiviral específica para o sarampo e a maioria dos casos evoluem positivamente com tratamento dos sintomas, incluindo hidratação e antipiréticos.
As infeções bacterianas oportunistas são comuns e devem ser tratadas com antibióticos, mas o tratamento profilático não é indicado. Febre contínua (> 2 dias após o início da erupção) é mau prognóstico.
Precauções que minimizem a transmissão no ar são indicadas para pacientes hospitalizados durante 4 dias após o início da erupção.


Não facilite a vida ao vírus do sarampo, e dê vida a si e aos seus: vacine-se! Informe-se connosco =)

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